sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Belo e velho mundo



22:00 horas. Malas por fazer. No outro dia seria minha viagem. Mas não seria uma viagem qualquer. Não para mim. Seria o vôo da minha vida. Um sonho que se realizaria. A Europa enfim se tornaria realidade. Inacreditável.

Começo a arrumar as coisas. Os minutos, asssim como as roupas, parecem intermináveis. Porque a mala não se faz sozinha? Porque o dia não amanhece logo? O tempo diminui. O nervosismo aumenta.

9:00 sairía de casa. 8:55 fecho a mala. Aqueles que seriam os últimos 5 minutos deste ano na minha casa.
Decido dar uma volta. Uma última olhada. Tenho o direito. Vivi 21 anos da minha vida por aqui.

Olho os copos postos sobre a mesa. As roupas por lavar. As camas por fazer.
Vejo o videogame que trouxe alegria a minha infância. Os livros que trouxeram conhecimento a minha adolescência, e que, indiretamente, colaboraram para que essa viagem se realizasse.

Não digo adeus. Até logo!

Me encaminho ao aeroporto. Não sei direito o que falar.
Tento conversar, puxar algum assunto. Mas nada mais me interessa. Não hoje. Não agora.

Despeço-me de minha mãe. Lágrimas escorrem. É inevitável. Tento contê-las. Mas o que é a razão, perante a emoção? Toco pela última vez em suas mãos. Beijo seu rosto. Deus te abençoe.

Chego ao Rio de Janeiro. Agora é só esperar. Esperar 6 horas. Comidas, fotos (inclusive esta), conversas. O tempo não passa.

17:50. Está chegando a hora. Me dirijo ao check-in. Passamos pelos detectores. Polícia Federal. Estamos quase lá.

18:45. Hora do embarque. O tempo parece parar. Conto meus passos. Impossível. Vou embarcar na viagem da minha vida. Minhas mãos tremem. Mal consigo alcançar o bilhete à aeromoça. Estou indo. Finalmente. Tchau Brasil.

Bem vindo velho mundo! *-*

Nenhum comentário:

Postar um comentário